Como cobrar um cliente sem perder a relação

Porque pedir o que é seu não deveria ser mais complicado que calcular DIFAL em dia de atualização de legislação. Mas, às vezes, é.

Convenhamos, existe uma categoria especial de constrangimento reservada para o momento em que você, o profissional que desvenda os mistérios do Fisco e garante a sanidade fiscal do empresário, precisa virar e dizer: “Então… sobre aquela fatura…” É quase como pedir desculpas por ter trabalhado. Um negócio esquisito, né?

Vocês passam o mês garantindo que tudo esteja nos conformes para o cliente, calculando cada centavo, evitando multas, decifrando códigos tributários que parecem ter sido escritos em élfico antigo.

Aí, na hora de receber pelo serviço heroico, parece que estão pedindo um favor absurdo. Isso precisa acabar. Ou, pelo menos, ficar menos doloroso.

A preparação que evita naufrágios

Olha, boa parte do drama da cobrança pode ser evitado lá atrás, naqueles dias ensolarados em que o contrato está sendo assinado e todo mundo se ama. Clareza, meu caro, clareza é ouro. Ter políticas de pagamento que não deixem margem para interpretações criativas é o primeiro passo.

Prazos, condições, o que acontece se atrasar… tudo precisa estar mais claro que água mineral com gás recém-aberta.

E, sério, tente dar uma de Sherlock Holmes antes de precisar sacar o telefone com a voz embargada. Entender minimamente a situação do seu cliente ajuda a calibrar a abordagem.

Não estamos falando de invadir a privacidade do coitado, mas ter uma noção se a empresa dele está passando por um perrengue ou se é só… digamos, um esquecimento conveniente.

Uma coisa é o sujeito que teve um problema pontual de fluxo de caixa; outra bem diferente é aquele que parece ter um buraco negro onde deveria ficar a carteira quando a sua fatura chega. Saber disso muda o tom da conversa sobre como cobrar um cliente.

Escolhendo armas e palavras

Quando o inevitável acontece e o prazo estourou feito pipoca na panela quente, a forma como você aborda o cidadão faz TODA a diferença.

Mandar um e-mail seco, com letras garrafais vermelhas e três pontos de exclamação pode até funcionar… para garantir que ele procure outro contador na semana seguinte. A comunicação precisa ser aberta, transparente, mas acima de tudo, humana.

Qual canal usar? Depende do seu relacionamento. Aquele cliente mais antigo, quase da família? Talvez um telefonema seja o ideal.

Aquela startup moderninha que só se comunica por Slack? Adapte-se. O e-mail ainda é o rei da formalidade e do registro, ótimo para ter tudo documentado.

Mas, às vezes, a impessoalidade dele pode soar fria demais. O WhatsApp? Com cuidado, pode ser um lembrete rápido e eficaz, desde que não vire perseguição digital.

O segredo é sentir o terreno. Mandar um “Oi, sumido! Cadê meu dindin?” talvez não seja a melhor estratégia, por mais tentador que seja.

O Yin e Yang da cobrança eficaz – ou como cobrar um cliente sem virar o vilão

Aqui entra a parte delicada, o verdadeiro teste de fogo para o relacionamento. O cliente está com dificuldade real? Mostrar empatia e oferecer alguma flexibilidade – um parcelamento, um prazo extra (com juros, claro, você não é a Casa da Moeda) – pode transformar um devedor em um parceiro leal.

Isso demonstra que você entende os percalços do mundo dos negócios e está disposto a ajudar (dentro do razoável, óbvio).

Contudo, empatia não significa ser capacho. É crucial manter o profissionalismo, mesmo que do outro lado a desculpa seja que o cachorro comeu o boleto (de novo). O tom deve ser firme, mas respeitoso.

Lembre o cliente da importância do seu trabalho para a saúde da empresa dele. A conversa não é sobre você precisar do dinheiro (embora precise), é sobre o valor do serviço prestado e o acordo que foi feito.

Evite transformar a cobrança num interrogatório da Receita Federal. A ideia é resolver, não humilhar. Esse equilíbrio define como cobrar um cliente de forma sustentável.

Lembretes amigáveis e aquela cenoura na ponta da vara

Ninguém gosta de ser pego de surpresa. Um lembrete gentil antes do vencimento pode evitar muita dor de cabeça.

Algo simples, automático até, via e-mail ou sistema: “Olá, Fulano! Só passando para lembrar que sua fatura X vence em breve.” É preventivo, educado e mostra organização.

E que tal um pequeno incentivo? Um descontinho para pagamento antecipado, talvez? Ou algum benefício no próximo ciclo para quem paga rigorosamente em dia? Às vezes, uma pequena vantagem transforma o ato de pagar (algo que ninguém ama fazer) em uma oportunidade.

É psicologia básica aplicada às finanças. Funciona melhor do que cara feia, garanto. Saber como cobrar um cliente também envolve criar um ambiente onde pagar em dia seja, de alguma forma, vantajoso para ele.

A persistência inteligente: quando a primeira tentativa falha

Ok, você foi claro, comunicou bem, foi flexível, profissional, mandou lembrete… e nada. O dinheiro continua do lado de lá. E agora? Respira fundo. A persistência é necessária, mas precisa ser inteligente.

Mantenha a comunicação aberta. Informe sobre os próximos passos de forma transparente (negativação? Ação judicial? Explique as consequências sem tom de ameaça, mas com clareza).

Às vezes, é preciso escalar a formalidade. Um e-mail mais sério, talvez uma notificação formal. O importante é não deixar a peteca cair no esquecimento, nem transformar a cobrança numa batalha pessoal.

Continue focando no fato: existe um serviço prestado e um pagamento pendente. É uma questão de negócios. Entender como cobrar um cliente nesse estágio avançado é crucial para não queimar todas as pontes, mesmo que a relação já esteja estremecida.

O panorama geral: porque cada cliente (e cada pagamento) conta

Por que todo esse malabarismo? Porque, no fim das contas, um cliente satisfeito – mesmo um que atrasou um pagamento, mas foi tratado com respeito – vale ouro.

A energia (e o dinheiro) que você gasta para adquirir um novo cliente é muito maior do que para manter um atual. Preservar o relacionamento, sempre que possível, é estratégico.

Claro, existem casos perdidos. Clientes que, francamente, não valem a dor de cabeça e o prejuízo. Saber identificar esses e ter um processo para encerrar a parceria de forma profissional também faz parte do jogo.

Mas, para a maioria, a habilidade de navegar pela cobrança de forma eficaz é vital. É sobre garantir o seu sustento sem destruir as pontes que você tanto trabalhou para construir.

Dominar a arte de como cobrar um cliente é, no fundo, dominar uma parte essencial da gestão do seu próprio negócio contábil. E saber como cobrar um cliente de forma que ele continue te indicando? Isso é maestria.

Sentiu o peso da tarefa?

Cobrar é só a ponta do iceberg da comunicação e do relacionamento com o cliente, né? Se até essa parte que deveria ser simples exige estratégia e um jogo de cintura danado, imagina o esforço para atrair os clientes certos, construir sua autoridade no mercado e fazer seu escritório crescer de verdade?

Pois é. Enquanto você foca em ser o mestre das planilhas e o herói fiscal dos seus clientes (e talvez em refinar suas técnicas de cobrança depois dessa conversa), que tal deixar a parte de atrair mais gente boa como eles com quem entende do riscado?

Nós, do Meu Marketing Contábil, não vamos te ensinar como cobrar um cliente (você já está pegando o jeito!), mas somos especialistas em fazer o cliente certo bater na sua porta, já sabendo o seu valor. Menos prospecção aleatória, mais gente qualificada querendo seu serviço. Parece bom?

Chega de sofrer para encher a agenda (e a conta bancária). Descubra como o marketing certo pode transformar seu escritório contábil.

Clica aqui, ou onde quer que seu mouse esteja mais confortável, e vamos conversar sobre como podemos te ajudar a focar no que você faz de melhor – enquanto a gente cuida do seu crescimento.

Sem constrangimento, prometo.

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