A história é um cemitério de gigantes que acharam que a cadeira cativa era eterna. Como garantir que a sua placa não vire peça de museu ao lado da fita VHS e do filme fotográfico? Sabe, é quase poético, de um jeito meio mórbido, pensar na Blockbuster. Aquelas noites de sexta-feira, a peregrinação até a loja, o cheiro característico de plástico e carpete velho, a briga pelo último lançamento… era um império.
Quem imaginaria que essas titãs, com marcas tatuadas na alma popular, acabariam virando… bom, uma nota de rodapé na história da tecnologia e do consumo?
O erro fatal delas não foi um produto ruim ou um escândalo financeiro cabeludo. Foi algo muito mais sutil e, por isso mesmo, mais perigoso: a síndrome do “deixa como está pra ver como é que fica”. Acharam que o nome na porta, a fama, o histórico, eram suficientes. Que a “camisa” ganhava o jogo sozinha.
Aviso breve: não ganha. Nunca ganhou. Elas ficaram tão confortáveis no trono que não viram o banquinho de três pernas chegando pra derrubá-las.
E quando viram, já era tarde demais pra levantar sem pagar mico (e alguns bilhões de dólares).
Mas afinal, o que blockbuster tem a ver com balancetes?
“Ah, MMC, mas meu escritório contábil é diferente! Contabilidade é necessidade, não é alugar filme!” – ouço você pensando. E é aí que mora o perigo, meu amigo contador.
Achar que o seu serviço, por ser essencial, está imune às reviravoltas do mercado é o primeiro passo pra começar a escolher a cor do seu próprio epitáfio empresarial.
O mundo mudou. O cliente mudou. A tecnologia não só bateu na porta, como arrombou, entrou, trocou os móveis de lugar e ainda deixou um robô aspirador limpando a bagunça (ou fazendo mais, dependendo do robô).
Aquela ideia de que o contador é só o cara que entrega a guia do imposto e some até o mês seguinte está mais ultrapassada que máquina de escrever.
Hoje, seu cliente está sendo bombardeado por informações, por opções “faça você mesmo” (algumas boas, muitas terríveis, mas estão lá), por plataformas online que prometem resolver tudo com três cliques e um preço que faz seu serviço parecer artigo de luxo.
Ignorar isso? É sentar no mesmo sofá confortável onde a Blockbuster assistiu a Netflix nascer e crescer, achando que era só “coisa de nerd”.
Lembra da história que a Netflix chegou a se oferecer pra Blockbuster e foi rejeitada? Pois é. Rir pra não chorar. Entender o que blockbuster não viu é crucial.
Blockbuster: como escapar da irrelevância
Não estou aqui pra pintar cenário de apocalipse zumbi contábil, longe disso. Mas pra dar aquele chacoalhão amigo, sabe? Pra evitar que você tropece na mesma pedra. Porque, sim, tem como desviar dessa vala.
Primeiro, esqueça essa ideia de vender “contabilidade”. Isso todo mundo vende. Pense como o pessoal do fast-food que deu nome pro sanduíche. Ninguém chega lá pedindo “pão, carne, queijo”.
O cara pede o “Big Alguma Coisa”. Por quê? Porque tem nome, tem identidade, tem uma promessa ali. Qual é a “assinatura” do seu escritório? Que problema real do seu cliente você resolve que vai além do débito e crédito?
Talvez seja a consultoria estratégica pro pequeno empresário que está mais perdido que cego em tiroteio. Talvez seja um pacote específico para startups de tecnologia que falam outra língua. Saia do genérico.
Crie o seu “Big Mac Contábil”. Transforme seu serviço em algo com nome, sobrenome e valor percebido lá na estratosfera. Isso ajuda a fugir da briga de foice por preço.
Depois, tem que ter um olho no peixe e OUTRO no gato. E o gato, nesse caso, é a concorrência. Não pra copiar na cara dura, pelo amor de Deus.
Mas pra entender o que estão fazendo, como estão se comunicando, onde estão acertando e, principalmente, onde estão errando (pra você não fazer igual, óbvio).
A Blockbuster ignorou a Netflix até ser tarde demais. Eles não eram só um “serviço de enviar DVD pelo correio”, eram o futuro batendo na porta.
Quem são as “Netflix” do seu mercado hoje? Aquelas empresas online com precificação agressiva?
Aqueles consultores super nichados? Ficar de binóculo no mercado não é paranoia, é estratégia de sobrevivência. Saber o que blockbuster ignorou pode salvar sua pele.
Domar a fera ou ser devorado por ela
Ah, a tecnologia… Ela pode ser sua melhor amiga ou aquela visita inconveniente que come todo o seu estoque de biscoito.
O surgimento de plataformas de contabilidade online assustou muita gente. “Estão prostituindo a profissão!”, alguns gritaram.
Calma, respira. A tecnologia, por si só, não é boa nem má. É uma ferramenta. O que permitiu essa galera oferecer preços mais baixos foi a otimização de processos, a automação, a redução brutal de custo operacional.
A questão não é lutar contra isso, é entender como você pode usar a tecnologia a seu favor. Seja para otimizar seus próprios processos internos (e talvez, sim, conseguir ser mais competitivo no preço sem sacrificar a margem), seja para oferecer um atendimento mais ágil, mais integrado, mais “século XXI” para aquele cliente que espera isso.
Ferramentas existem aos montes. O ponto é: sua estrutura, sua mentalidade, estão prontas pra tirar proveito disso? Ou você ainda está preso ao arquivo de aço e à calculadora de mesa?
Não adianta reclamar da chuva se você se recusa a usar guarda-chuva e ainda por cima fica parado debaixo da goteira. A história mostra o que blockbuster fez – ou melhor, não fez – com a inovação.
Ouvido aberto é cofre cheio (metaforicamente falando, claro)
E chegamos ao ponto crucial, aquele que parece óbvio, mas é esquecido com uma frequência assustadora: ouvir o bendito do cliente. Mas ouvir de verdade, não só fazer cara de paisagem enquanto ele fala.
O que ele realmente precisa? Quais são as dores dele? As ambições? O que tira o sono dele (além do Leão do Imposto de Renda)?
Seu cliente é um cara mais tradicional, que valoriza o olho no olho, o relatório impresso, a reunião presencial para discutir os números? Ótimo, entregue isso com maestria.
Mas e se ele for um jovem empreendedor plugado no digital, que prefere resolver tudo pelo WhatsApp, quer dashboards online em tempo real e acha papelada um conceito medieval? Você está preparado para atendê-lo nos termos dele?
Achar que existe um pacote único que serve para todo mundo é a receita para a frustração (sua e do cliente).
A personalização, entender os diferentes perfis e adaptar sua entrega, é o que transforma um prestador de serviço num parceiro de negócios. É o que cria lealdade. É o que faz o cliente não te trocar pelo primeiro anúncio de “contabilidade por R$ 49,90” que aparecer na frente dele.
A excelência está em adaptar a forma, mantendo a qualidade do fundo. É entender profundamente o que blockbuster falhou em perceber sobre seus clientes mudando.
Então, seu escritório é o próximo da lista ou o sobrevivente esperto?
No fim das contas, o que blockbuster e Kodak nos ensinam é dolorosamente simples: o sucesso de ontem não garante o almoço de amanhã. Estar no topo hoje é ótimo, parabéns.
Mas é justamente aí que o trabalho de verdade começa. É hora de analisar o cenário, os concorrentes (os óbvios e os nem tanto), a tecnologia e, acima de tudo, seus clientes. É hora de inovar, de se diferenciar, de agregar valor real.
Achar que “sempre foi assim” ou que “cliente de contabilidade não liga pra isso” é repetir o mantra que levou gigantes ao chão.
O mercado contábil está em ebulição. Novos modelos surgem, a tecnologia avança e o cliente está cada vez mais exigente e informado.
A pergunta não é se você precisa se adaptar, mas quando você vai começar. E “depois” pode ser tarde demais. Refletir sobre o que blockbuster representa é um exercício constante.
Nós, aqui do Meu Marketing Contábil,
vivemos e respiramos essa realidade junto com escritórios como o seu. A gente vê quem está surfando a onda da mudança e quem está tomando caldo.
E, modéstia à parte, a gente sabe como construir a prancha certa pra você não só ficar de pé, mas dar show.
Cansado de sentir que está correndo atrás da máquina do tempo? Quer transformar seu escritório num nome que as pessoas lembram pelo motivo certo, e não como uma relíquia do passado?
Chega de ser coadjuvante na sua própria história. Vamos bater um papo, sem compromisso e sem linguagem de planilha.
Descubra como a gente pode te ajudar a não virar o próximo item na lista de “empresas que o futuro esqueceu”.
Clique aqui, ou ali, ou só manda um sinal de fumaça digital. A gente tá esperando pra ajudar seu escritório a ser o filme de sucesso, não a fita rebobinada.