ITCD-MG: o guia de 2025

Cansou de consultar cinco portais diferentes, cada um dizendo uma coisa sobre o ITCD? Chega de "copia e cola". É hora de entender o imposto sucessório mais temperamental do Brasil, do jeito que contador gosta

Aposto que você já teve aquele cliente que acha que ITCD-MG é sigla de sindicato de transporte, não de imposto.

Sabe como é: “Doutor, esse tal de ITCD-MG é mesmo obrigatório? Não tem como dar aquele ‘jeitinho’?”

Como se Minas Gerais não tivesse radar até em estrada de terra e um fisco que, se deixar, rastreia até transferência de galinha.

Respira. O ITCD-MG, formalmente chamado de Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação, é aquele tributo estadual simpático que aparece sempre quando o contribuinte resolve morrer (ou, menos dramaticamente, doar alguma coisa sem pedir nada em troca).

Está lá, bonito, no artigo 155 da Constituição e, no Estado, na Lei 14.941/2003, regulamentada pelo Decreto 43.981/2005.

E, se você ainda acha que é só preencher um formulário e correr para o abraço, calma lá: o ITCD-MG é o imposto mineiro mais ciumento do Brasil—qualquer deslize e ele te manda uma cartinha com multa, juros e uma pitada de ironia.

Entendendo o ITCD-MG: “Morreu, pagou. Doou, pagou. Sorria, você está sendo tributado.”

Vamos de definição para ninguém dizer que faltou “fundamentação legal”: ITCD-MG incide sobre a transferência gratuita de bens e direitos, seja por herança, doação, cessão gratuita ou usufruto.

Herdeiro, legatário, donatário, cessionário, usufrutuário—se ganhou sem pagar, parabéns: você virou contribuinte do ITCD-MG (até empresas entram na dança).

O detalhe saboroso? Em Minas, a alíquota é de 5% sobre o valor venal do bem transmitido. Não importa se é uma fazenda em Uberlândia ou um apartamento na Savassi — o fisco não discrimina, só tributa.

E não venha com aquela esperança de “minha herança é modesta”: o ITCD-MG só dispensa cobrança em valores realmente baixos (olho na tabela de isenções, porque a UFEMG é a única moeda mais volátil que o Bitcoin).

Se você ainda está esperando pela famigerada tabela progressiva da EC 132/2023… senta e espera. Até agora, Minas mantém a alíquota fixa de 5%. Não duvide, porém, que mudanças vêm aí, e quem avisa amigo é.

Quem paga a conta?

O ITCD-MG não faz distinção: herdou ou ganhou, paga. Exceto em casos raríssimos (e bem documentados) de isenção, herdeiro, donatário, cessionário e usufrutuário entram na lista.

E, se o beneficiário for de fora de Minas, quem paga é o doador. Ou seja, nem presente para o sobrinho em Curitiba escapa do radar fiscal mineiro.

Sabe aquele cliente que fala “mas eu já paguei ITBI”? Amigo, senta aqui: ITCD-MG é o primo ciumento do ITBI — cada um quer a sua fatia.

Base de Cálculo do ITCD-MG: O valor venal que ninguém combina no boteco

Agora, a parte que faz até contador experiente pedir um segundo cafezinho: como calcular o tal valor venal? No ITCD-MG, o valor de mercado é o mantra e, acredite, a Fazenda tem sempre uma avaliação diferente da sua.

Para imóveis, é o preço que alguém pagaria hoje, nem a mais nem a menos (mas quase sempre a mais, né?).

Ah, e nada de tentar usar aquele valor camarada do IPTU—se o fisco achar que está muito baixo, ele aplica correção técnica. Não gostou da avaliação? Dá para contestar, sim senhor.

É só apresentar laudo, documentos, todo aquele ritual que você já conhece.

E lembre-se: para usufruto, a base de cálculo é só 1/3 do valor. Parece vantagem, mas não se anime muito—é só uma das poucas gentilezas do ITCD-MG.

Declarar, pagar e não surtar

Vamos ao campo de batalha real. Desde 2023, Minas modernizou o sistema: entrou em cena o e-ITCD, plataforma integrada ao Gov.br (nível prata ou ouro, porque bronze aqui só serve para café velho).

Herança, doação (menos dinheiro vivo), tudo lá. O SIARE ainda existe, para doações em numerário e outras exceções, mas o futuro é digital—e, claro, sujeito àqueles bugs que só TI estatal explica.

E o contador? É o maestro desse processo: preenche Declaração de Bens e Direitos (DBD), anexa PDF de tudo (certidão, documento, extrato, até declaração de imposto de renda do papagaio, se pedir), gera o DAE e acompanha até sair a certidão de quitação.

Esqueça a repartição: agora é tudo online. (Menos estresse? Nem tanto. Só mudou de endereço).

A arte de pagar menos (dentro da lei, claro)

Aqui, contador, está seu trunfo de ouro: no ITCD-MG, há descontos de até 20% para pagamento da herança em até 90 dias do óbito.

Ou seja, se o cliente é do tipo ágil (ou tem medo de multa), paga só 4% em vez dos 5%. Para doações de até 90.000 UFEMGs, desconto de até 50% — mas só se pagar antes de qualquer ação fiscal.

Perdeu prazo? Aí já era: juros e multa vão te lembrar por que a contabilidade é profissão de risco.

Isenções e não incidências: o alívio fiscal do ITCD-MG (mas só para quem merece)

Não pense que tudo é cobrança: há situações em que o ITCD-MG dá uma trégua. Heranças de pequeno valor, único imóvel residencial, doações de baixo montante, bens móveis de uso pessoal, transferências para programas sociais, essas escapam do leão.

E olha que até VGBL e PGBL (aqueles planos de previdência que confundem mais que novela das nove) agora estão livres do ITCD-MG, segundo parecer fresquinho do estado.

Mas não vacile: isenção não é automática. Tem que declarar, provar, anexar documento, pedir música no Fantástico. Qualquer erro, o sistema nega e, adivinha? Multa.

Prazos, multas e o terror do contador: O ITCD-MG não perdoa distração

Quer perder amigo? Fale para o cliente que esqueceu o prazo do ITCD-MG.

Herança? 180 dias do óbito para pagar. Doação por contrato particular? 15 dias. Parcelamento? Só para quem pede no sistema (e rápido).

Esqueceu, atrasou, tentou dar aquela enrolada… multa de até 12% mais juros SELIC. Se for autuado, vai a 50%.

E tem aquela multinha camarada de 20% para quem omite bens ou faz aquela “otimização tributária” que ninguém recomenda (mas todo mundo pergunta).

Cartório também treme: só faz escritura de doação com ITCD-MG quitado. Não apresentou? Volta para casa.

Sistemas e suporte

Navegar no e-ITCD e SIARE é quase uma iniciação em TI, com direito a tutoriais, FAQ, chat da SEF/MG, telefone 155 e aquele suspense básico: “Será que hoje o sistema cai?”

O contador que sobrevive a isso está pronto para qualquer desafio tributário nacional. Tudo pode ser resolvido (teoricamente) sem sair da frente do computador — menos o café, que ainda depende da boa vontade da copeira.

Referências normativas: porque sem embasamento, contador não dorme em paz

Quer impressionar cliente chato ou advogado da família? Jogue na conversa: Lei 14.941/2003, Decreto 43.981/2005, Constituição Federal art. 155, e a Emenda Constitucional 132/2023 (para assustar com possível aumento futuro).

Complete com Parecer AGE/MG 16.724/2025 sobre VGBL/PGBL e pronto—ninguém te questiona mais (pelo menos até a próxima reforma).

E aí, contador, preparado para o próximo ITCD-MG ou vai deixar para o estagiário?

Se você chegou até aqui, parabéns. Agora, se quer que seu escritório de contabilidade realmente se destaque (e que seus clientes parem de achar que ITCD-MG é só “mais um imposto”), fale com o Meu Marketing Contábil.

Somos a agência de marketing que fala a língua do contador, entende os desafios dos escritórios e entrega visibilidade real para seu negócio crescer.

Vai continuar respondendo ITCD-MG no WhatsApp à meia-noite ou vai dar aquele upgrade na imagem do seu escritório?

Bora conversar! Porque no fim do dia, sobreviver ao ITCD-MG é fácil. Difícil é ser invisível no mercado.

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